PELO NOSSO FOGO

todos te viram e sentiram o que sente

eu senti o que sente e depois te encontrei

e depois te toquei

essa é a minha diferença

essa é a minha indiferença

é a minha sentinela

eu sei o que é ter pólvora na cabeça

sentir as veias como pavis

sorrir para o fogo que sempre arde quanto toco sua pele

sentir o coração pulsar suas ultimas respirações

encontrar-se louco e sem roupas na frente de todos

o meu corpo é minha expressão de dor

é a minha única prisão da qual não desejo sair

eu quero entrar

e conhecê-lo como conheço a palma de sua mão

está bem irei mais devagar

irei cortando voltas pelas grandes avenidas

irei pelos ductos de ventilação dos grandes prédios

onde se encontram os assassinos

as almas vendidas e recicladas

e estarei me sentindo bem, muito bem

serei como um veneno

do qual a cura somente encontrarão com os meus dentes na boca de um copo

em uma seringa

em meu beijo

terão que beijar o boca que te beija

sentirão-se tão bem

somente eu posso ser a cura para minha doença

doente...

estarei diante a mesma porta que você antes de entrarmos

no grande salão cor de aniz

a mesa está preparada

irei de prato em prato escorregando por diversas provocações

onde as pequenas garotas se escondem

onde os pequenos jovens se escondem

eu sei o que é sentir água jogada na brasa

sentir o fogo se apagar diariamente

eu guardei a minha chama

porque você guardou a sua chama

me viram correndo na chuva e me perguntam

Por quê?

pelo nosso olhar, responderia

pelo nosso novo jogo

pela nossa ardência

pelo nosso fogo!

e num relapso de vozes

ouviria sua voz dizendo, vai... vai... vai...

e eu vou com a princezinha da rua

vou com as chamas nas mãos para acender os paviz

Will Rison
Enviado por Will Rison em 08/01/2009
Código do texto: T1373494
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