Poema do adeus

Teço a saudade

Que no peito não cabe

Como lágrima que deságua

Em temporal.

Guardo a imagem

Que da mente não parte

Como brisa que vira

Um vendaval.

Renuncio ao sonho

Que é apenas miragem

Como barco que afunda

Em região abissal.

Percorro os caminhos

De dor, estilhaçada,

Como imagem composta

Em fractal.

Digo um adeus mudo,

Absorta, contida,

Como espectro que paira

Sob a luz boreal;

Como sombra perene,

Como frágil alternativa

No brilho híbrido

Do teu mundo ideal.

Shirley Carreira
Enviado por Shirley Carreira em 24/01/2009
Código do texto: T1402095
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