Poema ao Movimento

Os olhos para ver viram,

ao infinito miram...

as pernas se alternam

longilíneas, longínquas...

ambíguas tanto quanto aos braços

em sentido oposto o ficam!

O rosto guarda o riso

que logo se abrirá preciso...

de bom gosto, de bom grado,

um brado, umbigo!

Sigo...

os ombros e a hombridade;

digo, tudo é movimento:

as pernas, pés e passos;

pensamentos...

as mãos, os dedos, braços;

batimentos...

E o que não é, senão o tempo

em seus tantos momentos?

É tanto movimento!

O corpo que revela,

releva e leva a alma

em si, por dentro

em movimento...

Pois tudo, estudo,

tudo, tudo é movimento:

todo o intento, todo o invento!

E mesmo esse poema lento

é todo e em tudo atento,

um poema ao movimento!

PauloPCampos(Paulinho Campos)
Enviado por PauloPCampos(Paulinho Campos) em 24/01/2009
Código do texto: T1402898
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