Sub_traído

às vezes conto que sou louco,

mas ninguém quer acreditar,

minha sandice é visível – latente,

está na minha cara de pau

existe um grande vazio

entre mim e o meu Eu desgarrado,

não sou eu que me faço louco,

é você que não me deixa voar

estou solto no abismo,

no ostracismo, no egoísmo

e você não me alcança

não tem forças para me segurar

como sangue escorrendo nos dedos

vou descendo para os confins dos vãos,

parece que até que o meu psicólogo, que é um santo,

perdeu a esperança de me curar

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 17/04/2006
Código do texto: T140642
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