Apresentação

Sou o caos do impossível,

verossímil e muito mais.

Sou a folha que secou,

húmus da terra,

semente que caiu,

planta que não vingou.

Não me faço indefeso,

nem coeso, nem servil

e nessa impossibilidade,

não me importa na verdade,

provar nada para ninguém.

Sou a lâmina da adaga

e a distorção dos fatos.

Acho mesmo que sou nada,

mas se o nada é absoluto;

vou em outra direção,

nem passivo,

nem ativo,

nem esquivo.

Mas, quando for me procurar,

posso estar noutro lugar;

ou em tudo estar oculto.

.

do Livro Marçalíssimamente Poetando...

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 29/01/2009
Reeditado em 06/02/2024
Código do texto: T1411519
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