Sobre sinos e rosas.
Dissipado o eco de outras vezes,
Em vozes dissolutas, libertinagem em dose razoável,
Não há razão ou segurança, o amor é disparate.
Sinos soam é a catedral (saudosos badalares sobre nós).
Sobre a entrega, rosas tartamudeiam violadas (mas as rosas não falam já dizia Cartola)
Despudoradas fragrantes. Teimam em perfumar o fim, como um anúncio, já murchas (mas ainda exaltadas).
Conturbados os dias de outras vestes,
Em gala, eu de smoking você de longo,
Valsando vislumbres de enamorados, o amor é disparate.
Sobre sinos e rosas em suma nada há,
Sobre nós, impureza, perdição,
Apenas desistência e punição.