Grita

Que as letras se reergam do universo do sonho!

As vontades recônditas surjam do eu causado!

E que brilhe na maior alvorada de luzes intimas!

O crepúsculo do recomeço imaginado!

Ser sincero com todas as vontades naturais!

Escrever como causa da libertação da alma!

E ser vivo e pensador e analítico e sóbrio...

Ser as palavras soltas e leves no caminhar dos neurônios!

Apareça, ó Deusa adorada!

Do meu maior encantamento!

Com todas as suas diretrizes mágicas!

Filha e obra do desalento...

Nasçam, versos meus, de dores desatentas!

Do jovem que chora por dentro...

E se embriaga por fora!

De tanta felicidade e esperteza de outrora!

Cresça, ó minhas mordazes da infelicidade!

Se faça Mãe de todas as minhas letras íntimas!

E ultrapasse a barreira das deficiências!

Pois os versos se fazem em mim, como meu sangue brotado!

Brotado na minha alma ferina!

Que só sabe pensar e sonhar sem freios!

E se achar em torres jamais alcançadas!

A princesa da minha ternura ferida!

Expansão dos sentimentos vis!

E a caneta virtualmente gris!

Vai-se explicando ao próprio eu vulto!

A decência do eu-poeta fulo!

Escreverei sim!

Até não conseguir mais viver!

Mas que seja feito da melhor parte:

Do poeta que nasce com o dom de gritar sem precisar pronunciar nada!

-Iury Sousa e Silva –

23-12-2008

iuRy
Enviado por iuRy em 02/02/2009
Código do texto: T1417581
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