OLHARES
Até quando caminha
Parece que dança
Indiferente se move
Cheia de graça e soberana
Uma andança dir-se-á que seja
Como um feitiço que do corpo lança
Porque ela é uma coisa rara
Que rola pelos recantos do meu sonho interrompido
Descendo qual cascata que deslumbra e extasia
Na aparente solidão do estar
O centro do meu mundo interior vira dia
Que nenhum mistério e nem segredo algum
Selvagem maga há de esconder destes meus olhos