OLHARES

Até quando caminha

Parece que dança

Indiferente se move

Cheia de graça e soberana

Uma andança dir-se-á que seja

Como um feitiço que do corpo lança

Porque ela é uma coisa rara

Que rola pelos recantos do meu sonho interrompido

Descendo qual cascata que deslumbra e extasia

Na aparente solidão do estar

O centro do meu mundo interior vira dia

Que nenhum mistério e nem segredo algum

Selvagem maga há de esconder destes meus olhos

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 20/04/2006
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