Estrela do oriente

Estrela solitária do oriente,

de constelações ausente,

desceste do firmamento

em candente movimento ...

... orbitando em minha alma,

uma gravidade que acalma,

com meiguice e alto-astral

em luz diáfana celestial.

De estrela se fez mulher,

uma flor de bem-me-quer,

a colorir o meu jardim

e pelo cosmos sem fim.

Meu brilho se apagara,

o sol era coisa rara,

me perdi na solidão

de sideral imensidão.

Sob o luar que ilumina

com energia feminina,

não havia na noite fria

sequer uma estrela-guia.

Descobri o meu norte

desde então até a morte;

juntos encetamos a missão

atribuida pelo coração.

Não somos deste planeta;

embarcaremos num cometa

para em infinitas viagens

cultivar novas paragens.

Brasília, 20 de abril de 2006

Humberto DF
Enviado por Humberto DF em 21/04/2006
Reeditado em 22/12/2007
Código do texto: T142672