Roxo

O hematoma que tenho no peito

Manchou eternamente minha mente

Mente a vontade minha ao leito

Quente como sonho igualmente.

Bate fraco e fosco indolente.

Falo só do que não posso ver

Vejo só o que não posso dizer

Digo o que poucos ouvem

Ouço o que poucos dizem

Faço o que muitos querem

E vivo como vertigem.

Sangue negro e perturbado

Dói a alma íntegra e conformada

Mas o que dói é alma minha?

Ou alma flor?

Roxa flor que nasce da ferida

E bela ilumina a minha vida.

Que dói que dói

Mas é assim.

Sento consumindo meu café.

E vivo perseguindo minha ida.

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Isabelle La Fleur
Enviado por Isabelle La Fleur em 10/02/2009
Reeditado em 10/02/2009
Código do texto: T1431170
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