DE AMORAS E DE AMORES

No exílio do frio concreto

que teu corpo, do meu faz distante

o vento que a fresta corrompe

meu corpo fremente sustenta

com o hálito das tuas palavras

Há de chegar o dia

do não se conter à parte

do encontro à sombra, e das amoras

E a leoa por quem te assombras

te fará presa nas suas garras

Não te espantes com tal desfecho!

Deixe que ao pé da amoreira

sepultado, o amor de Píramo e Tisbe

(desventura de outrora)

torne-se então leito e adubo

de um novo porvir de amores

e de doces e rubras amoras.

Monica San
Enviado por Monica San em 18/02/2009
Código do texto: T1445054
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