Ego da Liberdade
A imaginação do poeta,
Trabalha e não pega férias
São ideais, buscas e metas,
Um despertar em matéria.
Os olhos é câmera filmando
Todo bem da natureza,
Transforma o mundo em poesia,
Faz concatenar a fraqueza.
Tem nas madrugadas
Bons momentos
Em que a inspiração
Nasce do nada,
Até as estrelas vem assistir
Algumas palavras rimadas.
Vê no silêncio um planeta,
Estrada tão infinita,
No papel passa a caneta,
Enquanto o coração medita.
Viaja serenamente
Às vezes, mais rápido do que a luz,
Ama, chora e sente,
Capaz de turvar a lente,
Mas são fortes, tem Jesus.
Tem um campo todo seu,
Pétalas brancas de papel,
Uma avenida sem direção,
Lua despida no céu.
Consegue ver a tristeza,
Antes que a solidão possa chegar,
Viaja sem sair da mesa,
Tem um mundo a venerar.
Tece como aranha a sua defesa,
Descreve uma lágrima ao cair,
Vê no sorriso a beleza,
A fórmula mágica de agir.
Coleciona pingos de chuvas,
Ilesos da tempestade,
Segue a rama e colhe a uva,
Guarda no peito a saudade,
Assim imagino os poetas
No ego da liberdade.