Chuva e Vento (Às nuvens)

Quando a chuva caí, as nuvens nem agüentam mais

Seguram-se tanto, privam-se tanto

Quando se é para chover, eis o tempo!

Cinza, azul, branco, vermelho; as suas cores são únicas

Quando eu subir até o céu

Eu verei melhor o que passou todo este tempo

Eu seria muito melhor; eu cresceria muito melhor

Mas as nuvens estavam lá, molhando-me, secando-me, enchendo, completamente!

Os sonhos e as nuvens se unem de uma maneira indissociável

Que nem sabem quando chegam um, passa o outro

Forma-se um, prendem outros

A labuta persiste nos longínquos espaços-tempo

A queda, o mote, o coice liberam as águas

Inerentes ao ato de amar, senhora mãe

Que a dor se faz na elevação da gota

Pode ser a gota d'água; pode ser o amanhã só

Amanhã haverá sol, cara nuvem de água

Não precisa se esconder em vidas e comedias

Pois todos nós já sabemos que a força é

Todos nós, caro chão, queremos regar o chão; há de viver

As crianças brincaram com toda a água e com toda a lama

Ficaram realmente sujas a olhos vistos

Mas, não perceberam que a sujeira poderia passar

A imundice não ficaria limpa! Não conseguiriam limpa-la

As nuvens, os sonhos e eu somos! Isso basta!

Nem vale mais a pena decifrar o que não é necessário

Vale a pena viver e crescer com toda a nuvem

Carregada ou não, viva ou não;

Sendo assim eu posso ser você, nuvem

Sendo assim eu posso carregar o que me /te deram

Sendo assim você pode ser eu numa mistura de sonhos e nuvens

Sendo assim você poderá ser mais livre de tantos trovões que lançaram

No fim da colheita saborosa me darás

A maior das alegrias!

Serás livre e sem tantas mágoas

Serás vento que sopra de norte a sul a sua digna vida de sonho e nuvem!

1-05-2006

iuRy
Enviado por iuRy em 01/05/2006
Código do texto: T148228