A Noite Primordial.

Memória das luzes abandonadas

Em um vasto manto de veludo

Com suas estrelas derramadas,

Entranhas abissais dos mundos.

É a mãe das infinitas alvoradas

Tem o ventre ávido, profundo...

Aos cegos não revelas nada;

”Ó Noite... O gênesis de tudo!”

Filha fecunda, pedaço do Caos,

Ornada com anéis de Saturno

Núpcias da dinastia primordial

Cisão da energia em acúmulo

Trombeta do som fundamental

Harmonia na pausa do noturno.