Qualquer gênese

Que se faça a luz e a luz se fez

E o olho fez-se vista pela primeira vez.

Feita a luz viu-se o escuro

Que era o tudo

Um tudo obscuro.

A luz que revelava um tanto

Mostrava um limite

Por uma fresta iluminada

A luz era uma parte do escuro

Como o escuro não era tudo

Também a luz não era o nada.

Assim também se fez a visão,

Os olhos e os limites.

Uma visão que mostrava quase tudo

Menos as cordas dos títeres.