A Porta

Quem se importa com a porta?

Objeto inerte, que esconde encontros

Protege o choro e acalma os desencontros,

Guardiã dos segredos, servil e silenciosa.

Por vezes, abre e fecha sem vontade própria

Se esquecida, bate para chamar atenção

É censurada quando ruidosa,

Mas abriga as confidências de pobres corações.

Porta que aporta o silêncio do sono,

Agasalha o frio das noites invernais

Abriga o amor em abandono,

Guarda para si histórias e mistérios,

Separa a morte dos sonhos finitos e terrenos

e amplia ideais de vida, mesmo os mais serenos.

Lú Garcia
Enviado por Lú Garcia em 25/03/2009
Código do texto: T1504949
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.