DECANTAÇÃO
Ressaibos do passado, dores decantadas...
a terra que fica no fundo
teima em vir à tona,
Vem à tona
quando turbulências sopram em minhas águas.
Prefiro a maré serena,
à maré nos olhos
que desaguam de escuras penas
Prefiro o rio calmo
correndo e encharcando o vale com o suave do amor
à águas densas e escuras
marretando rochas,
devastando terras
cerrando portas no horizonte da alma
e encerrando na palma leituras de dor
Portas da alma
precisam abertas estar
para a feliz Luz do alvorecer
penetrar o Ser
e se derrAMAR.
D.V.
25/03/09
Copyright © 2009 Dulce Valverde
All Rights Reserved