REFLEXÕES
Assim, sempre será...
SOFRIMENTO...
o cimento
que sedimenta
alicerces
das certezas
de nossos descondicionamentos.
Spalla... violino
que afina o intrumento
e a escala mormente
de nossa orquestra clemente.
Mola mestra
que dá força
e equilibra,
enquanto calibra
os nossos movimentos.
Lágrima...
que refresca
a estrada a ermo
por onde chegaremos intensos
num todo de qualquer termo.
Gargalhada...
o que define
o quanto foi ridícula
a nossa dificuldade superada,
ultrapassada pelo nosso desespero
que com o tempo fez-se engraçada.
Tudo se tornará divertido e lúdico
em nossas duras andanças
e divertidas lembranças!
Todos os sons entre sonatas e prelúdios
encherão de emoções as nossas danças
para que nosso turno seguinte
não seja pleno estapafúrdio
Nada como uns dias após os outros
entre noites de luas novas e cheias!
Que não sejamos lunáticos, absortos,
pois, nunca ocorrerão luas feias
e por mais que estejamos nas minguantes,
ou nas luas crescentes deslumbrantes,
o amor flue sangue a correr incessante
como caudaloso rio em nossas veias!
Antônio Fernando Peltier
Serrinha, 26/03/2009.