PELOS PREGOS DA CRUZ
PELOS PREGOS DA CRUZ
Trinta moedas foi o combinado;
Um justo foi traído, assassinado
Por nossa Redenção.
Por ser Rei, foi de espinhos coroado.
Mesmo sendo cuspido e maltratado,
Não negou seu perdão.
Seu sangue espalhado no caminho,
Um jovem com a vida em desalinho,
Carregando uma cruz.
Mas não era um qualquer, um coitadinho,
Era o Rei da bondade e do carinho,
Era o Cristo Jesus.
Por três vezes caiu sob o madeiro.
Por chicotes, cortado o corpo inteiro
Sob o olhar de Maria.
De Deus Pai Ele foi o mensageiro
Da Boa Nova, o Filho verdadeiro,
Cumprindo a profecia.
E chegou lá no monte, foi despido,
Humilhado, ultrajado, escarnecido;
Um quadro desumano!
Seu traje sorteado, dividido
Por soldados cruéis, enfurecidos,
De um governo tirano.
Com três pregos o Cristo foi pregado
No madeiro que havia carregado
Sofrendo humilhações.
Seu corpo duramente massacrado,
Seu sangue totalmente derramado,
Morrendo entre ladrões.
Mas, três dias depois: eis a verdade!
Provou-nos seu poder e divindade
Com a ressurreição.
Pelos pregos da cruz a humanidade
Conquistou novamente a eternidade,
O direito ao perdão.
Gilson Faustino Maia