Em carne viva.

A veia salta numa ânsia consumada

O arrepio apela e a pele concede

O poro dilata e o suor vaza...

A saliva entorpece numa sede

O desejo reprimido escava a pele

A garganta libera o gemido e cede

A carne anseia a folia dos sentidos

E assim submetida, palpita

Numa rubra tortura de ardor.