Condição Perdida

Tudo está tão diferente

Parece que o acaso jamais existiu; tempo de glórias

Era, aparentemente, delíquios de mentiras

Era, falsamente, impávido de assomos

Tudo mudou tanto ferozmente

Vejo um futuro cibernético do agora; carne fresca de amanhã

Foi, apenas, uma das mais fases da minha vida

Foi, dolentemente, o ocaso de edênicos futuros

Tudo está tão levemente

Que as pessoas são altamente cíclicas, inversas; resta apenas a solidão

Está sendo dificílima a labuta do estar só, fazer-se só!

Está criando rapidamente a crosta viva do ser humano em mim; vidas não mais!

Tudo é tanto quanto adaptável e removível

Que a fugacidade expressa a cada eflúvio na vida passageira

Ganhos não mais! Vidas não mais!

Junto com o remoto fim de cada ser que se diz humano: humano não, de coração!

Tudo está tão acinzentado, tão confuso!

E eu perdido em jogos infantis; perdido nos mistérios que o mundo devasso me forçou a ver

Eu criança desolada, perdido em sentimentos lascivos e em volúpias sensaçõe de nada

Devo adaptar-me a condição que me oferecem:

iuRy
Enviado por iuRy em 11/05/2006
Código do texto: T154035