CONTINUAÇÃO DE UM GRANDE AMOR

Deixamo-nos,

deixemos ainda mais madurecermo-nos

para riscos não corrermos,

nem traços, nem vícios, nem ciscos

numa dupla vivência a ermo

sob as lonas de lúdico circo.

Eu te amo assim,

minha madura senhora,

perfeita, no ponto,

gostosa suculenta fruta

para as estripulias

de nossas bacantes folias

dos nossos fortuitos encontros

nos momentos-reencontros

inaugurando inspirações

que em nossa alma comemora

na canção da vez da hora

no âmago da emoção

a música de cada dia

sem preocuparmos com o tempo

que de tanto fez-se,

e, portanto, faz-se infinito.

Se me refiro a "sem hora",

de um modo temporal

outro dito assim “senhora” faz sentido

um grande amor sem penhora

para ao eterno ser vivido,

amor, amores, etecétera e tal...

E até o cruel oxidante tempo

celerado e em louco grito,

curva-se a nós, senhor, senhora,

senil-juvenil enamorados

do amor renovado e adolescido

veredas das vitórias das conquistas e das glórias

neste mundo ensandecido!

Serrinha, 22/04/2009.

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 22/04/2009
Reeditado em 22/04/2009
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