CONTINUAÇÃO DE UM GRANDE AMOR
Deixamo-nos,
deixemos ainda mais madurecermo-nos
para riscos não corrermos,
nem traços, nem vícios, nem ciscos
numa dupla vivência a ermo
sob as lonas de lúdico circo.
Eu te amo assim,
minha madura senhora,
perfeita, no ponto,
gostosa suculenta fruta
para as estripulias
de nossas bacantes folias
dos nossos fortuitos encontros
nos momentos-reencontros
inaugurando inspirações
que em nossa alma comemora
na canção da vez da hora
no âmago da emoção
a música de cada dia
sem preocuparmos com o tempo
que de tanto fez-se,
e, portanto, faz-se infinito.
Se me refiro a "sem hora",
de um modo temporal
outro dito assim “senhora” faz sentido
um grande amor sem penhora
para ao eterno ser vivido,
amor, amores, etecétera e tal...
E até o cruel oxidante tempo
celerado e em louco grito,
curva-se a nós, senhor, senhora,
senil-juvenil enamorados
do amor renovado e adolescido
veredas das vitórias das conquistas e das glórias
neste mundo ensandecido!
Serrinha, 22/04/2009.