jaz...(muito triste)

no saguão da escadaria do tempo,

jaz um homem...

e na minha lembrança a visão de tudo!

levemente toco seus cabelos,

acaricio-lhe a face.

seblante Divino, tudo como antes...

nada mudou,

nada foi desfeito!

tento junto ao seu peito

ouvir o último sussurro...

em vão!

ali jaz um homem

o homem amado!

como de costume agrego-me ao seu corpo

num desejo fremente de traze-lo à vida...

em vão!

resoluta tomei-lhe a face...

e num insólito desejo toquei-lhe os lábios ainda

cheios de emoção e sôfrego do desejo infindo...

nenhuma lágrima a cair naquele instante...

só a ternura envolvia-me a alma...

ternura, pela leveza de sentimentos que nos unia,

pela cumplicidade e simplicidade que nos

conduzia o amor vivido...

saudade, hoje, é o nome e o sentimento

que me faz viver...

saudade instalada no peito e no coração!

saudade....

*(Laura! primavera de 1800, 1810 precisamente)

*fictício

Margarida Di
Enviado por Margarida Di em 23/04/2009
Reeditado em 22/05/2009
Código do texto: T1555362
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