à morte da poesia

E nesta terra ingrada

decerto por deus esquecida

sepulto o canto e o pranto,

de tons rubros e formas celestes.

Nesta terra, maldita terra!

jogo sonhos natimortos,

versos imundos,

jogo cálidas rosas

jogo ébrias juras e palavras maltrapilhas.

Na esquife o negro veludo

recoberdo de saudade e nostalgias,

dias chuvosos e noites estreladas,

canções tristes e belas.

Sob este chão maldito

enterro o amor,

o devaneio e o suspiro,

a lágrima e o sorriso,

primaveris paixões,

outonais feridas!

Aqui, jaz a Poesia!

Michelle Angel
Enviado por Michelle Angel em 24/04/2009
Código do texto: T1556905
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