PARCERIA DE SENSIBILIDADE I
Quem me dera poder estar perto de ti
olhar no ventre da menina dos teus olhos,
contemplar o mundo como um caleidoscópio
sentir o teu amor até embriagar no ópio
do prazer que vem da fé de pensar
que para viver-se de amor é preciso se entregar
(e não ter que resistir...)
Se puder quero te ver de um modo tão profundo
Integralmente integrado ao teu “caliente” mundo
deixar-me afogar em pensamentos vagabundos,
depois darmo-nos as mãos, mãos de anjo,
pedir a proteção dos orixás, santos e arcanjos,
das tetéias, ciganas, dos bruxos, das Medéias...
ou invocar Midas a dar poderes às nossas mãos
para que tudo que toquem se transformem em amor,
seja lá como for:
o maior e mais profícuo dentre todos os tesouros.
E assim irmos compondo o nosso arsenal de ouro
para depois sentir a saudade salutar
com direito a febre interna e euforia terçã
e o sabor da amora e a textura de pêssego ou de maçã...
Enfim, empunhar as mãos ou usá-las em sutis toques
para que delas em nossos corpos provoque
todos os possíveis e infinitos sentidos de sedução
a viajarmos corpo a corpo em nossos corpos
trás pra frente, via única e até na contramão
sem deixar um milímetro escapar de nossas mãos:
da cabeça aos pés palmilhando cabelos, suaves pelos
e membros e todos os janeiros incluindo os dezembros...
ad inifinitum... êxtases, devaneios, com ou sem rodeios.
No mais, imaginem dois anjos profanos se amando,
tudo em nome do amor, proclamando!
Antonio Fernando Peltier e Zane Said, Serrinha e Salvador, 25/04/2009.
O RECANTO DAS LETRAS PROPORCIONOU ESSE ENCONTRO DE 4 MAÕS A COMPOREM POESIA, QUE CHAMO DE "PARCERIA DE SENSIBILIDADE I", (JÁ PREVENDO OUTRAS), ENTRE EU E ZANE SAID.
DISTANTES, SEM SEQUER NOS CONHECERMOS, A NÃO SER ATRAVÉS DA NET E DO RECANTO, LITERALMENTE UM AO OUTRO, REFLINDO POR PENSAMENTOS - QUIÇÁ TRANSFORMEM-SE EM PALAVRAS ORAIS E OBRAS - OS SENTIMENTOS DE NOSSOS AMORES - O MEU E DE MINHA NAMORADA VERA E O DELA E O DE SEU AMOR E ESPOSO. GOSTO MUITO DO RESULTADO E SUGIRO A QUEM INTERESSAR POSSA, A EXPANSÃO DESSAS PARCERIAS. DE MINHA PARTE ESTAREI SEMPRE ABERTO.