Um pouco de nostalgia

A minha inspiração às vezes
adormece,
parece que se esquece
das emoções vividas,
variadas,
em alguns momentos
multicoloridas,
em outras ocasiões ,
monocromáticas,
variando de um
branco brilhante
a um cinza nostágico.


É.
De quando em vez
bate um vazio,
assim indefinido,
um misto de saudades
misturadas
do que passou e do que
poderia ter sido.
Encontros que se deram
pela metade,
conversas intensas
entrando pelas madrugadas
e cenas de paixão explícita
que não foram bem resolvidas.

A nostalgia aparece
mais quando o frio
começa a dar sinais
ao entardecer,
quando o crepúsculo
avermelhado
nos convida a
uma viagem ao passado.
É um amontoado de lembranças,
de fragrâncias,
remontando à infância
e chegando ao dia de ontem.

Comigo acontece
desse jeito.
O verão se vai
e o tempo mais ameno
traz o deleite do recolhimento,
mas traz consigo reminiscências
de todo o tipo: alegres, tristes,
leves, pesadas,
amargas ou não.
Todas elas fazem o chão
em que piso.
São meu Norte, meu eixo,
minha maneira sincera
de estar no mundo.

E ao mergulhar
no meu vazio,
termino por encontrar
de novo,
os meus verso perdidos,
a poesia que parecia
ausente de mim
me acolhe de novo,
conduzindo o meu ser
pela seara da vida.

Ainda bem que é assim!
amarilia
Enviado por amarilia em 11/05/2009
Reeditado em 18/05/2009
Código do texto: T1588686