Tempo Ido

Na sala vazia

Um laço

Uma corrente

Um gesto

O toque do relógio

Nunca o afeto é perfeito.

A sombra invade nefasta

Incinera a essência

Invade as fantasias

Incorpora luz emoção

Tempo consumado

Sem cura.

Deixa desejo ardente

Corrói o bom o certo

Febre de um novo amanhã

Desloca a solidez

Numa viagem sem volta

Inexistente elo esta corrente.

Sem ser intensa

Desvendo cores odores

Ocultas na mente

A ternura chega te leva

Ilumina na escuridão

Durmo sem um novo ápice.

A existência ilusão que queima

Não mora em sonhos

Aprisiona quimeras ainda

Que aos poucos se extingue

No final do dia

Tempo ido...