A Ti, Senhor!
Senhor!
Tentei ser puro e bom...Senhor, tentei
encontrar entre o caos a sublime verdade.
Fui honesto, Senhor, não me esqueci da lei
que um dia, Tu ensinaste à pobre humanidade.
E chego ao fim da vida e quase nada sei.
Senhor, eu perdoei...
E em meu peito viveu a doce caridade.
Mas se em Teu nome aqui os homens se devoram
e se os fortes gargalham aos fracos que choram
e se as trevas do mal espancam Tua luz...
Então me desespero e quase perco a crença
pois não compreendo ao ver tamanha indiferença
por que, afinal, Senhor, morreste numa cruz?
(publicado na antologia "Caminho dos Sentimentos" - pg 9 - Editora In House - da Associação de Escritores e Artistas de Louveira - outubro de 2008 - Dia 22 de agosto "Dia do Escritor Louveirense")