O tempo não espera

A minha alma é criança

Que se fez velha de tanto sonhar

A minha voz é esperança

Que se calou de tanto esperar!

O meu leito é uma fornalha

Em chamas a me queimar

A minha dor é uma navalha

Sempre pronta a me cortar!

A minha vida é um navio

Buscando porto para ancorar

Meu coração é um pavio

Que não demora apagar!

O que fazer, ora, pois

Se atrás não posso voltar

Se deixei tudo para depois

E o tempo não pôde esperar!

Aracruz (ES), 26 de maio de 2009