Dores e desavenças do mundo (Revisitado)
Sim, eu posso carregar as dores e desavenças do mundo infortúnio
Com muletas de panos e roupas em farrapos
Em pé, nos ônibus, vivendo a euforia em prantos
Nu, sem nada, apenas com a cor da vida em melhorias, exclamo:
Não há nada a se ouvir, apenas há muito a ser feito
Feitos em surdina, povos insatisfeitos, a vida, em si, pronta
Para mudanças internas, sim, melhoria geral totalmente plena
Seremos, vivamos esta utopia, ÚNICOS!
Sim, eu carrego as dores e desavenças do mundo infortúnio
Com as mãos livres e a mente limpa de humilhações
A mudança é necessária para a palavra andarilho
Sou pouco, enfim, vivo e único: e viva as atuações!
Sou, apenas o poeta menor das franzinas faces decorrentes da vida cotidiana
E sou digno de possui-lo, tão valoroso titulo
Tenho meu próprio signo em mim mesmo!
Sou feliz e triste e isso basta; pois posso, assim, caminhar um pouco mais!
Sim, eu sou as dores e desavenças do mundo infortúnio
Posso ser a tua dor não revelada
Entendo, eu sei, que esta é minha condição em ser eu:
Descobrir o que falta em mim e te encher de [...]!
Sou o simples poeta na sua função primeira:
Ser poeta e amar e ser o mundo infortúnio
Sou o simples poeta em sua derradeira função:
Por o fim no amor e se perpetuar em letras de vivas emoções!
23-05-2006