COMPUTADOR

A beira do abismo

A beira do computador

Por mais cosmopolita a flor descalça

Na fresta da vida a vidraça quebrada

No computador inalando resto de vida

De amor vagando na imprecisa tela esmera

Na revoada pássaros noturnos

Espreita a imensidão dia cinzento

Ofusca a retina

Acelerado olho dormente na parede

Suavizada a córnea

Ingrata vida reluz pelo quarto apertado

Na tela imprecisa

De cores bizzaras

Apaga-se num facho

Escuridão profunda

A beira do computador

Cessou a vida

Osório Antonio da Cunha
Enviado por Osório Antonio da Cunha em 08/06/2009
Código do texto: T1638833
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.