Versos d’um combatente
Meu choro anormal e moribundo,
O triste uivo dos que nada amam
E a fricção dos ossos que cantam,
Desmaiarão as utópicas conquistas do mundo
Músculos frios trabalhando para a escória,
O enxofre... O suor cuspido da pele suja!
Minha boca é malquista e murcha!
E meus dedos, ramos atrofiados da história...
Este escuro coração desabitado e oceânico,
Que bombeia meus órgãos espumantes
É o berço eclíptico do herói inorgânico
Logo, minha carcaça atrairá aves carniceiras...
O pagão da carne morta! Um dos anjos escaldantes!
Outro espírito a caminhar por entre trincheiras...