Decadência
Tenho uma casa velha dentro de mim
Não sei o que faço para detoná-la
Não vejo, mas queria que tudo isso tivesse um fim
E essa casa em ruínas, que no entanto continuo a amá-la
O tempo continua seu eterno cavalgar
E a casa me leva à ruína como a sereia
Leva o ingênuo navegante ao fundo do mar
E eu, porque continuo se eu sei que, podre, virá a ceia?
Ai, meu Deus, por que fazes isso comigo?
Não me reservaste o direito de um mínimo de piedade?
Por que o fazes com uns e me tratas como inimigo?
Porque sei que, no fundo dessa casa, que já irá tarde
Que meu coração ama e odeia como um filho ao pai
Revelar-me-á a vingança de anos sem nenhuma humildade