Decadência

Tenho uma casa velha dentro de mim

Não sei o que faço para detoná-la

Não vejo, mas queria que tudo isso tivesse um fim

E essa casa em ruínas, que no entanto continuo a amá-la

O tempo continua seu eterno cavalgar

E a casa me leva à ruína como a sereia

Leva o ingênuo navegante ao fundo do mar

E eu, porque continuo se eu sei que, podre, virá a ceia?

Ai, meu Deus, por que fazes isso comigo?

Não me reservaste o direito de um mínimo de piedade?

Por que o fazes com uns e me tratas como inimigo?

Porque sei que, no fundo dessa casa, que já irá tarde

Que meu coração ama e odeia como um filho ao pai

Revelar-me-á a vingança de anos sem nenhuma humildade

Felmaqui
Enviado por Felmaqui em 12/06/2009
Código do texto: T1645934
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