Salto de Trampolim

Pois andemos a compor sem extravio

Desgarrado das coisas vencidas.

Talvez alguém firmado bote gosto

E nos revele num salto de trampolim.

Navegar nas águas do saber é preciso

Qual Pessoa cumpria além-mar.

Num corpo claro e perfeito

Como Bandeira dizia.

Pois, a vida é uns deveres

Como Quintana concluia

Ou num princípio e fim

Como Espanca decretava

Em seu fecho-de-ouro brilhante.

Pois andemos a escrever sem extravio

Talvez alguém bote gosto

Neste estuário de ostras e pérolas

Neste aluvião de seixos e coríndons

Nesta seara de joio e trigo.

Pois então, andemos a escrever

Talvez alguém bote gosto

E nos revele num salto de trampolim.

Paulino Pereira Lima
Enviado por Paulino Pereira Lima em 13/06/2009
Código do texto: T1647619
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.