Reencontro
Oh, noite querida
Amiga fiel de almas boêmias.
Tu, bela dama, envolta em seu negro manto
Acolhe, calidamente, os desígnios das mentes que gritam.
Se mil mistérios me assombram ao longo do dia
Inquietando o vazio de minh’alma louca a gritar,
Tu vens com abençoada melancolia roubar-me o sono
E me ensinar tudo aquilo que o atribulado dia não me deixou escutar!
Devolve a mim, o que apressada perdi no caminho
Que o tempo guardou, mas ali jamais tornei a buscar.
Pois só tu, doce amiga, conhece-me, mais do que eu a mim mesma!
Apenas em seu véu me encontro, e posso voltar a sonhar!