AMAR

Amar se tornou tão vulgar

O amor não morreu

O amor só se escondeu

Nas dobras da timidez

Ama-se sem olhar nos olhos

Sem apertar a mão

Sem beijar na face

Sem sentir o eflúvio do corpo do(a) amado(a).

Amar é sutileza

Não pede para vir

Nem avisa a hora de chegar

Não requer anúncio

Nem exige predisposição

Amar não é condição

É fenômeno como a chuva

Como o raio

E o trovão

Pode cair em terra fértil

Ou se perder na imensidão

Só não possui projeto

O qual se pode baixar decreto

Não é um mero objeto

Que se manipula, exceto

Se já se vê algo certo

Amar apenas acontece

Quando há um coração aberto.

JOEL DE SÁ

16/06/2009.

Joel de Sá
Enviado por Joel de Sá em 16/06/2009
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