Fogão a lenha
Esse friozinho
assim gostoso
me desperta
ainda mais
a vontade
de abraçar.
Quando o Sol
fica mais pálido
e recolhe seus raios
entre as nuvens,
deixando o dia
menorzinho,
a minha mineiridade
fica ainda mais
aflorada.
Me vem à memória
uma cozinha
com o fogão a lenha
reinando absoluto.
O fogo crepitando,
as panelas
empretecidas,
resguardando aromas
e sabores deliciosos.
Ao seu redor
um monte de gente:
familiares
amigos
vão se achegando
pra um dedinho de prosa
e pra compartilhar a comidinha
ali
ao alcance da mão
e do paladar
que
nesta época
mais fria
deixam de lado a dieta
esquecem um pouco
a estética
numa entrega
aos prazeres
da carne
e da boa mesa.
E quantos causos
surgem ao crepitar
do fogo!
histórias antigas,
amores tristes,
felizes,
partida de uns,
chegada de outros,
tudo vai se
revelando
ao som da viola,
do café passado
na hora,
ou da pinga
oferecida
com cuidado
e alegria.
E estas cidadezinhas
morro abaixo
e morro acima
parecem cochilar
entre a névoa
de inverno,
mas o cochilo
é matreiro,
coisa de mineiro,
que na verdade
dorme pouco
e segue seu ritmo
lento,
na contramão
da modernidade.
Quem tem
um pé na roça
tem esses devaneios
quando o tempo
fica feio
aparentemente,
chamando a gente
pra se aquecer
em volta do fogão
a lenha.
Esse friozinho
assim gostoso
me desperta
ainda mais
a vontade
de abraçar.
Quando o Sol
fica mais pálido
e recolhe seus raios
entre as nuvens,
deixando o dia
menorzinho,
a minha mineiridade
fica ainda mais
aflorada.
Me vem à memória
uma cozinha
com o fogão a lenha
reinando absoluto.
O fogo crepitando,
as panelas
empretecidas,
resguardando aromas
e sabores deliciosos.
Ao seu redor
um monte de gente:
familiares
amigos
vão se achegando
pra um dedinho de prosa
e pra compartilhar a comidinha
ali
ao alcance da mão
e do paladar
que
nesta época
mais fria
deixam de lado a dieta
esquecem um pouco
a estética
numa entrega
aos prazeres
da carne
e da boa mesa.
E quantos causos
surgem ao crepitar
do fogo!
histórias antigas,
amores tristes,
felizes,
partida de uns,
chegada de outros,
tudo vai se
revelando
ao som da viola,
do café passado
na hora,
ou da pinga
oferecida
com cuidado
e alegria.
E estas cidadezinhas
morro abaixo
e morro acima
parecem cochilar
entre a névoa
de inverno,
mas o cochilo
é matreiro,
coisa de mineiro,
que na verdade
dorme pouco
e segue seu ritmo
lento,
na contramão
da modernidade.
Quem tem
um pé na roça
tem esses devaneios
quando o tempo
fica feio
aparentemente,
chamando a gente
pra se aquecer
em volta do fogão
a lenha.