Meu fel

É o tudo o que não muda

Entre cada gole de embriaguez

E o acordar sem o brilho da noite

Com a lucidez dilacerando a mente

É a alegria que desvanece com o dia

O frio de manhãs solitárias

O impiedoso som dos meus passos

E da tv sem som

Imagens que passam, rostos que se vão

Saudade que vem

Diálogos vazios, coro de falas ensaiadas

Fugas abstratas que não mais me aquietam

Neste andar de mil caminhos

O que eu trilho é a solidão

Mas nestes dias ásperos e frios

É a solidão meu manto de sobriedade

É a voz sussurrada entre os acordes do violão

A melodia ainda sem ritmo

Pranto que não se cala

Alma querendo sair...

27/06/2009