02/07/2009
Hoje abraço meu reflexo.
Invertido pareço melhor.
Calado lembro de ti.
Como será que me vês?
Serei ator de cenas frias
curtas sem roteiro?
No espelho sobre o ser
se curva a vida
A alma sobre a mesma
Me beija companhia.
Sou ator de cenas mortas
Desejo morrer a cada dia.
Os dias passam sobre mim
Por que estou aqui?
O Reflexo me domina.
A alma me abomina.
Covarde e mentiroso
vivo o melodrama.
A cena que se encerra
não deixa senão perguntas.
Não ensina ou estimula.
Que venha logo outra…