Bela Dama

Mais uma vez lá está a bela dama,

Fraca de corpo e ausente de alma,

Sozinha a espera de alguém,

Com o rosto riscado por água salgada,

Clama palavrões para paredes pintadas de nada,

Fúria de fêmea golpeada pelo oposto,

Arrebatada pelo desencontro contínuo,

A revolta se acalma em meio ao ápice da embriagues,

Jogada ao vento pela própria benevolência,

Pouco a pouco é tomada por novas lágrimas de consternação,

O suicídio parece ser a fuga mais sensata após a ultima dose,

Tudo isso acontece pelo ingênuo fato de desejar ser amada,

Como ela sofre com suas belezas machucadas,

Está cada vez mais contaminada a espera do nada,

Após as dores mais profundas percorrerem os sete corpos,

Hipnos a contemplou com um calmo e profundo sono,

A agonia do abandono abdicou o seu lugar para os sonhos aos olhos do Pai,

A mulher apaixona e não valorizada agora está abraçada,

A proteção é majestosa em um mundo longínquo,

Ao despertar estará mais viva e sensata,

Jamais será re-enganada, ferida ou machucada,

Em meio a tantas angústias passadas,

Poderá ser novamente amada,

Sem nenhum limite para aquele que mereça encontrá-la.

Willians Rodrigues
Enviado por Willians Rodrigues em 04/07/2009
Reeditado em 05/07/2009
Código do texto: T1681565
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