MATINAS

Meu corpo meu coração ambos amorosos

Minha alma navega no mar vermelho da compaixão

Tanta coisa se passando neste filme humano

No mantra a repetição da vida

Eu aqui sem rezar sem pedir sem amolar

Na dança a banda mesmo não o sendo enlouquece

O boneco não consegue disfarçar as cordas

Sabe sim ser marionete do som abrasador dos trópicos

Mesmo só assim como o pássaro a voar

O amor por si mesmo ultrapassa

Ao gozo efêmero das companhias

Sexual nasce pois ao se olhar se vê

Na caixinha de jóias a bailarina dança

São casais de fogos

O cheiro o ardor o comichai

No meu jardim tem poucas ervas daninhas

As flores as matarão

O conhecimento entrou no meu quintal

São pomares de pêssegos e flores rosa

É a cor da vida

Neuza Ladeira
Enviado por Neuza Ladeira em 10/07/2009
Código do texto: T1691910
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