Sou uma ostra...
Sou uma ostra e as feridas que se encontram,
dentro do me coração, são pérolas da dor
que carrego dentro do meu eu.
Na minha parte interna existe uma substância,
a substância chamada amor.
Diferente da parte interna da ostra
que é lustrosa e chama-se nácar.
Quando os grãos de areias tentam invadir
as células nácar o próprio nácar cria uma
proteção própria, assim eu faço com minha
parte interna, tento me amar, posso até chorar
por um tempo, pois não sou de ferro, mas logo,
a dor transforma-se em pérolas, pérolas de amor.
Sou uma ostra ferida pela vida, já sofri tantos
julgamentos, criticas, já fui rejeitada, já me senti
com um nada, mas quando eu vi que podia transformar
minha dor em pérolas de amor, logo tratei de
transforma-las em lindas pérolas.
Então evito cultivar rancor, raiva, sentimentos,
que podem me destruir, pois a ostra que sou
precisa cultivar a pérola a pérola do amor.
Sou uma ostra ferida pela vida, fágril com
uma porcelana grega, mas, não quero deixar
a parte interna da minha ostra sem pérolas do amor.
Minha essência será sempre regada com valiosas pérolas.
se achar que é defeito! Lamento! Sou única.
E é justamente essa diferença que me torna
uma ostra ferida pela vida, mas, com várias
pérolas embutidas no eu interior.