Sou uma ostra...

Sou uma ostra e as feridas que se encontram,

dentro do me coração, são pérolas da dor

que carrego dentro do meu eu.

Na minha parte interna existe uma substância,

a substância chamada amor.

Diferente da parte interna da ostra

que é lustrosa e chama-se nácar.

Quando os grãos de areias tentam invadir

as células nácar o próprio nácar cria uma

proteção própria, assim eu faço com minha

parte interna, tento me amar, posso até chorar

por um tempo, pois não sou de ferro, mas logo,

a dor transforma-se em pérolas, pérolas de amor.

Sou uma ostra ferida pela vida, já sofri tantos

julgamentos, criticas, já fui rejeitada, já me senti

com um nada, mas quando eu vi que podia transformar

minha dor em pérolas de amor, logo tratei de

transforma-las em lindas pérolas.

Então evito cultivar rancor, raiva, sentimentos,

que podem me destruir, pois a ostra que sou

precisa cultivar a pérola a pérola do amor.

Sou uma ostra ferida pela vida, fágril com

uma porcelana grega, mas, não quero deixar

a parte interna da minha ostra sem pérolas do amor.

Minha essência será sempre regada com valiosas pérolas.

se achar que é defeito! Lamento! Sou única.

E é justamente essa diferença que me torna

uma ostra ferida pela vida, mas, com várias

pérolas embutidas no eu interior.

Adriana Lima
Enviado por Adriana Lima em 10/07/2009
Reeditado em 11/07/2009
Código do texto: T1692737
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