Ah, saudade!
"...Saudade é amar
um passado
que ainda não passou,
é recusar um presente
que nos machuca,
é não ver o futuro
que nos convida..."
(Pablo Neruda)
Ah, saudade!
Como decifrar-te!
Como avaliar
toda a tua capacidade
de nos tirar o chão,
de nos deixar
como astronautas
órfãos da Lua.
Como entender
que já não sou tua,
meu amor!
Esse olhar perdido,
o sorriso proscrito,
apagado no rosto,
esse vazio
não consentido,
esse abandono
repentino,
esse fastio...
E o passado que não passa,
as lembranças que não se vão,
que não querem ser fantasmas,
não querem não!
Volta e meia
olha
o teu cheiro
delicioso de volta,
os beijos,
os abraços,
o corpo inteiro
me falando coisas,
sussurrando flores,
dizendo amores
desdobráveis,
infinitos.
Ah,saudade!
Não sabe de ti
quem nunca amou,
quem não sabe
da entrega,
desconhece os riscos
do amar de verdade,
quem foge
ao chamado da vida,
quem teme
os apelos do desejo,
que mexe com a gente,
nos revira
pelo avesso,
mas nos garante
o céu
aqui na Terra,
nem que seja
por alguns segundos,
mesmo que seja
para nos levar também
ao inferno,
quando chega ao fim
a paixão vivida.
Ah, saudade
sejas mais amena,
para que o presente
me seduza,
pra que não me torne
mais confusa
nas questões do amor.
Aprendas com a Lua,
que vai se tornando
minguante
até sumir na Lua nova,
e me deixes de novo
prenhe
da vontade
de assumir uma nova
e bela história.
"...Saudade é amar
um passado
que ainda não passou,
é recusar um presente
que nos machuca,
é não ver o futuro
que nos convida..."
(Pablo Neruda)
Ah, saudade!
Como decifrar-te!
Como avaliar
toda a tua capacidade
de nos tirar o chão,
de nos deixar
como astronautas
órfãos da Lua.
Como entender
que já não sou tua,
meu amor!
Esse olhar perdido,
o sorriso proscrito,
apagado no rosto,
esse vazio
não consentido,
esse abandono
repentino,
esse fastio...
E o passado que não passa,
as lembranças que não se vão,
que não querem ser fantasmas,
não querem não!
Volta e meia
olha
o teu cheiro
delicioso de volta,
os beijos,
os abraços,
o corpo inteiro
me falando coisas,
sussurrando flores,
dizendo amores
desdobráveis,
infinitos.
Ah,saudade!
Não sabe de ti
quem nunca amou,
quem não sabe
da entrega,
desconhece os riscos
do amar de verdade,
quem foge
ao chamado da vida,
quem teme
os apelos do desejo,
que mexe com a gente,
nos revira
pelo avesso,
mas nos garante
o céu
aqui na Terra,
nem que seja
por alguns segundos,
mesmo que seja
para nos levar também
ao inferno,
quando chega ao fim
a paixão vivida.
Ah, saudade
sejas mais amena,
para que o presente
me seduza,
pra que não me torne
mais confusa
nas questões do amor.
Aprendas com a Lua,
que vai se tornando
minguante
até sumir na Lua nova,
e me deixes de novo
prenhe
da vontade
de assumir uma nova
e bela história.