VIDA

VIDA

Quando amanhece, é um céu de azul intenso

E raia o sol banhando um vale imenso,

Rios correndo, alegre, a passarada.

Como é linda a manhã e claro o dia!

Um convite ao amor, a poesia

Brota sutil aos raios da alvorada.

E segue a vida, ainda é uma promessa.

O tempo passa, parece não ter pressa,

Entretanto, caminha sem parar.

Aqui o sol já quente, ali o abrigo.

O mundo é o mundo, é sempre o caso antigo:

O compromisso, um árduo caminhar.

Quando surge uma nuvem lá na serra,

Talvez alguma chuva sobre a terra

Amenizar pretenda esse calor.

À tarde, embora bela, uma tristeza

Muda o tom do poema, a natureza

Já não demonstra um ar tão protetor.

A noite... A noite é sempre tenebrosa

Pede mais proteção, é caprichosa,

Sem esperança em novo amanhecer.

O que será depois da escuridão?

E, sem respostas para essa questão,

Só lhe resta o silente adormecer.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 23/07/2009
Código do texto: T1714469
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.