O Décimo Terceiro Arcano
(Povo)
Assasina! Assasina! Assasina!
Leve contigo o sangue do demônio!
(Maria)
Posso jogar meu coração aos leões.
Posso chorar lagrimas de sangue.
Carrego a alma escarnecida de furia.
Sei como chegei a esse mundo.
E sei como partirei.
Tristeza e dor o corvo me diz: Nunca mais.
(Morte)
O que tu ganhou cigana?
O que levaras contigo para o sheol?
Musa paga de ventre leviano, onde está agora teu rei?
(Baal)
Segue teu caminho bela
Traiste o coração do anjo do rei, por mim.
Traiste a alma do teu amante, por mim.
Teu pescoço pertence ao arcano treze.
Implore! Urja um clamor a mim, que eu te salvarei!
(Povo)
Assasina! Assasina! Assasina!
Leve contigo o sangue do demônio!
(Maximilian)
Corpo descarnado que carrega a foice da vida.
Perdeste o direito sobre essa alma.
Corte tua perna e traga tua balança.
É a hora do julgamento!
(Maria)
Alma cintilante.
Escuto teus clamores ô fiel do Senhor.
A caixa de Pandora foi aberta.
E a beleza da vida se foi.
Sou de Baal e ele me quer.
O que o Rei pode fazer por mim?
(Morte)
Levo a tranformação que vêem da destruição.
Casa da destruição trás renovo.
Nutre o coração de esperança.
No futuro só há vazio.
A flor morre no fim da primavera.
(Maximilian)
Ceifador de almas, anjo do Senhor.
Força niveladora.
Não separa o rei do plebeu.
Pese tua balança e faça sua justiça.
É a palavra de gloria contra a vaidade.
(Morte)
Dária tua juventude e tua fé?
Acredita na casa profanada pelo anjo caído?
Maria és a mãe.
Maria és o ínicio.
Por ela Baal retornará.
(Maximilian)
Maria, ainda existe a fé.
É presciso destruir a forma para manter a essencia.
Força de Saturno, termine um ciclo.
Começe outro, deixe a fruto cair e que nasça denovo.
(Maria)
Como cheguei aqui?
Devo perder para ganhar?
Leve a dor e mantenha a graça.
Bela quero chegar a luz.
Lembranças escuras me levam.
Renascerei em uma nova esperança.