Ausência

Eu

Sempre sólida

Sempre presente

Mal posso suportar,

nos outros,

a etérea existência,

quando ausentes

Porque o ausente,

não sendo inexistente,

tampouco existe

E aquele que,

por um instante,

carrega em si

o peso que há em mim

de repente se faz nuvem

distante

incorpórea...

Pudesse

minha própria existência

vagar no indistinto

do sonho com a realidade...

Pudesse

a existência dos outros

ser sempre presente

pr`eu não duvidar mais de minhas memórias

Talvez me desfizesse do meu baú de lembranças

Talvez não tivesse mais que colecionar tantas palavras....

Mas a vida nada nos dá,

a não ser nós mesmos

E,

dos sentimentos que um homem possa ter,

nada mais natural

que o da própria solidão

Eleanorrigby
Enviado por Eleanorrigby em 02/08/2009
Reeditado em 11/05/2013
Código do texto: T1732832
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