AQUI SENTADO

Aqui sentado ao pé das horas

Ainda leio devagar

Porque procuro compreender

Percebo as sombras em minha volta

Pra distrair a frieza em meu sorriso

Persigo passos abandonados com os olhos

Exatamente de onde estou sentado

E ainda carrego uma flor murcha nas mãos

De alguns anos pra cá

Que não me lembro, onde apanhei

Ainda sinto o passado

Um olhar distante & uma ligeira dor nas pernas

Que tento abandonar pelo caminho

Um labirinto de luzes, que nunca estive perdido

Um imenso jardim em frente a porta

Que jamais foi alcansado

Talvez o tropeço de alguns atos

Não foram suficientes para me alimentar

E seguir adiante.

Diego Navarro
Enviado por Diego Navarro em 17/05/2005
Código do texto: T17500