Flor e tempestade

Ensimesmada, observando a água correr.

Lembro dos seixos que toquei

Ao percorrer este leito, onde me encontro agora,

Trouxe a simplicidade do saber-me

Por assim existir.

Quando sou flor e tempestade

E no meu cenho transcende a luz

Formo o riso,

Entre os franzidos de meus pensamentos.

Roca de fiar - meus dedos vão trabalhando

Vou tecendo, amealhando as idéias.

Saio de mim, nova fase

Afluente.

Fecho os olhos, a água continua a correr.

Eu.

Deságuo nestas palavras.

Valéria Britto
Enviado por Valéria Britto em 19/08/2009
Reeditado em 02/05/2010
Código do texto: T1763251
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