Flor e tempestade
Ensimesmada, observando a água correr.
Lembro dos seixos que toquei
Ao percorrer este leito, onde me encontro agora,
Trouxe a simplicidade do saber-me
Por assim existir.
Quando sou flor e tempestade
E no meu cenho transcende a luz
Formo o riso,
Entre os franzidos de meus pensamentos.
Roca de fiar - meus dedos vão trabalhando
Vou tecendo, amealhando as idéias.
Saio de mim, nova fase
Afluente.
Fecho os olhos, a água continua a correr.
Eu.
Deságuo nestas palavras.