Caína - Nono Círculo - Primeira Esfera.

A mão contaminada na cobiça

A culpa revelada pelo gesto

Que desmonta na dor brutal protesto

Nas carnes congeladas da carniça.

A inveja roga preces noutra missa

A sentença anunciada em tom funesto

Na culpa do pecado manifesto

O Inferno guarda a paz e faz justiça.

O peito soterrado pelo medo

O enredo confirmado noutra vida

O traidor tem na mão dos homicidas

A culpa que não purga no degredo

Na dor do pesadelo busca o fim,

Quando o gelo do Inferno quer Caim.