SETE DE SETEMBRO-O GRITO QUE NÃO DEMOS

Não,

aquele grito não foi meu,

ele nem mesmo cabia na minha boca,

e nem na boca de ninguém que eu conhecia

Era pomposo demais,

empostado demais,

dourado demais,

e sofrido de menos

Era mesmo um grito para ser dado

do alto de um cavalo,

bem escovado

e selado;

e não do chão,

descalço

e com a enxada entre as mãos

Deixo aqui o meu protesto, contra a falsa independência do Brasil,

tendo em vista que, ela foi elaborada pela elite dominante daquela

época, que em momento algum, defendia os interesses populares,

muito pelo contrário, dentre outras coisas, defendia a manutenção

dos latifúndios e a continuação da escravatura em nosso país

Por esta razão, o dia sete de setembro, deveria sim ser lembrado,

como o dia, em que o povo não gritou às margens do Ipiranga ...

Marcelo Roque
Enviado por Marcelo Roque em 06/09/2009
Reeditado em 28/08/2011
Código do texto: T1795302